
Quando toda a família havia se reunido
Parentes distantes
Que só aparecem em festas
Tinha sangue na mesa de jantar
Misturando ao vinho
Que fora derrubado
Por uma mão gélida
A mesma que o Tio Valter
Jurou proteger ate a morte
Tinha sangue na mesa de jantar
Negro! Ao passar do tempo
O liquido puro
O vermelho da existência
Formara uma crosta dura
E espessa
Cobrindo todo o ambiente
Um odor nauseante
Tinha sangue na mesa de jantar
Alguém de fora abriu a porta
Deu quatro tiros no aniversariante
Pobrezinho era tão jovem
E foi o primeiro a morrer
O ultimo foi o pai
Que tentou proteger seus filhos
Toda sua família
Mas o massacre foi inevitável
Nove pessoas mortas
Tinha sangue na mesa de jantar
O bolo com carrinhos em cima
Que nunca irão percorrer a estrada
A estrada cheia de sangue
A inocência perdida... Roubada, apagada!
Todo o amor que poderia conter
Numa casa e seus familiares
Reduzido às sombras do passado
Aquela foto que você não quer guardar
O momento que você prefere esquecer
O momento de sua morte
Era para ser um dia alegre
Mas acabou com sangue na mesa de jantar
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