
Uma mão pouco habilidosa
Primeiro capitulo:
E só sei que antes deste milagre eu não era nada, nem para mim e para os outros eu era como um fantasma que passava através, sem marcar, sem ferir, sem ninguém se importar
Eu sei que muitos morrer por causa disso... Sei que meu corpo ira apodrecer, mas eu nunca me senti tão vivo, sinto como se estivesse me libertando dessa prisão de carne e osso
Tenho pouco tempo de vida, quem sabe talvez eu fique por La. A realidade é tediosa, nosso corpo é fraco e os sonhos são enormes! Não temos asas, eu consegui uma passagem em um barco alado, conhecerei o capitão se pudesse passaria o resto de minha existência sobrevoando o céu, com essa caravela surreal
Fingir que não acontece com você
Se inventar personagens
E usar mascaras para poder fugir
Sabe do que eu to falando
Vendeu-se e não quer nem saber
Vendo-me, Enquanto vendo-me
Estou vendo-me, Vendo-me
Enquanto vendo-me, Vendo-me
Vendo-Me... Vendo-me
Vendendo-me!
Acha que a única solução para vida
É lutar para poder correr
Se esconder para ninguém te achar
Ser à sombra dos postes da rua
Você sabe do que eu estou falando
O dinheiro agora é tudo o que importa
Vendo-me, Enquanto vendo-me
Estou vendo-me, Vendo-me
Enquanto vendo-me, Vendo-me
Vendo-Me... Vendo-me
Vendendo-me!
O pecado como amigo
O prazer apenas um amante
Saboreando se na vida mesquinha
Tudo fácil tudo do jeito que você quis
Você sabe do que eu estou falando
Sem alma e sujo... Não quer nem saber
Vendo-me, Enquanto vendo-me
Estou vendo-me, Vendo-me
Enquanto vendo-me, Vendo-me
Vendo-Me... Vendo-me
Vendendo-me!
O que fazer agora!
Que as aves perderam o vôo
Rastejam e sofrem por não andarem direito
Quem fez isso a elas?
Quem esta fazendo isso a nos?
Lutamos a cegas
Com um vilão invisível
Que nos ataca por trás
E nunca esta La!
Para o contra ataque
Onde foi parar esperança?
Deve ter sido leiloada por petróleo
O homem vendeu o amor
E comprou uma arma
Com juros altíssimos
Mascaramos-nos em redes sociais
Enquanto nossos vizinhos
Não possuem rostos
Nem sentimentos
Apenas cortam a grama
Sempre verde e bonita
Do jeito que deveria ser a nossa
Mas onde estão os pássaros no céu?
Aquela nuvem tem uma forma estranha
Lembra alguém que chorou no passado
Uma luta esquecida
Deixada de lado, apenas enfeita o céu
Com tristeza e nada mais
Consumimos e ruminamos
O nosso planeta reciclado.
Quando toda a família havia se reunido
Parentes distantes
Que só aparecem em festas
Tinha sangue na mesa de jantar
Misturando ao vinho
Que fora derrubado
Por uma mão gélida
A mesma que o Tio Valter
Jurou proteger ate a morte
Tinha sangue na mesa de jantar
Negro! Ao passar do tempo
O liquido puro
O vermelho da existência
Formara uma crosta dura
E espessa
Cobrindo todo o ambiente
Um odor nauseante
Tinha sangue na mesa de jantar
Alguém de fora abriu a porta
Deu quatro tiros no aniversariante
Pobrezinho era tão jovem
E foi o primeiro a morrer
O ultimo foi o pai
Que tentou proteger seus filhos
Toda sua família
Mas o massacre foi inevitável
Nove pessoas mortas
Tinha sangue na mesa de jantar
O bolo com carrinhos em cima
Que nunca irão percorrer a estrada
A estrada cheia de sangue
A inocência perdida... Roubada, apagada!
Todo o amor que poderia conter
Numa casa e seus familiares
Reduzido às sombras do passado
Aquela foto que você não quer guardar
O momento que você prefere esquecer
O momento de sua morte
Era para ser um dia alegre
Mas acabou com sangue na mesa de jantar
Você pode viajar ao infinito
O mais distante e isolado
Nas planícies ermas da terra
Tudo será em vão
Se os caminho que guia seu corpo
Não for o da razão
Selar o monstro n’algum lugar distante
Com esperança de nunca despertar
Enquanto na mente!
Você sabe que ele nunca sairá
As moscas sempre entrarão no vão do lustre
O zumbido agonizante
Precede a morte
E a sua calmaria
Viaje rapaz, Mas na mochila
Apenas o necessário
Evite fugas desesperadas
Não podendo fugir de você mesmo
Não fuja pelo medo de viver