terça-feira, 6 de julho de 2010

Sem vida


Nego-me a morrer!
Este tempo maldito
Este Deus sádico
Que nos tortura
E se deleita no céu

Nego-me a morrer
Oh! resquicio de vida
Fragil existência
Aterradora até o fim...
Não! O fim não!!!
A plenitude da Alma

Nego-me a morrer
E vagar por esta Terra de leprosos
Bastardos!
Que a muito esqueceram o rosto de seus Pais!
Sim... E de que estão vivas
Libertas!
E disso se tornaram ocas...
Nem recicladas podem ser
Sendo fabricados em lotes baratos

Nego-me a Morrer
Por que para isso...
deveria desejar estar vivo
E ser como essa raça sovina
Que sentada cospe para o alto
E aguarda a ociosa chuva quente
Enquanto o Lixeiro não passa na Terra
Nego-me a Viver
Não vou nascer nesse doentio jogo perigoso

Um comentário:

  1. Nossa, gostei!
    essa parte é fodástica

    Nego-me a Morrer
    Por que para isso...
    deveria desejar estar vivo
    E ser como essa raça sovina
    Que sentada cospe para o alto
    E aguarda a ociosa chuva quente
    Enquanto o Lixeiro não passa na Terra
    Nego-me a Viver
    Não vou nascer nesse doentio jogo perigoso

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