sexta-feira, 30 de abril de 2010

A Casa do topo da colina

Primeiro capitulo:


E só sei que antes deste milagre eu não era nada, nem para mim e para os outros eu era como um fantasma que passava através, sem marcar, sem ferir, sem ninguém se importar


Eu sei que muitos morrer por causa disso... Sei que meu corpo ira apodrecer, mas eu nunca me senti tão vivo, sinto como se estivesse me libertando dessa prisão de carne e osso

Tenho pouco tempo de vida, quem sabe talvez eu fique por La. A realidade é tediosa, nosso corpo é fraco e os sonhos são enormes! Não temos asas, eu consegui uma passagem em um barco alado, conhecerei o capitão se pudesse passaria o resto de minha existência sobrevoando o céu, com essa caravela surreal

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Para viver... Não basta estar vivo


Eu volto a meu antigo lar
Onde sempre era verão
E brincava com meus amigos
Ao pé da macieira, regada a saudades
De minha querida avó
Tudo era tão inocente
Enquanto o sol estava no horizonte

O sol vermelho, prateado ao luar
Sem viver... sem meu lar

Tiraram-me de minha casa
Nunca revi os amigos
Evito as podres maçãs da cidade!
Do vermelho da fruta, do reflexo nas montanhas
Tento de procurar ao longe
Mas não acho, não me acho

Dos novos amigos, faltam um brilho no olhar
Sem viver... Sem meu lar

Minha vista é alcança uma enorme distância
Meus sonhos ficam presos aqui
Na torre do relógio
Onde limpo os ponteiros
Os mesmos que mastigam minha vida
E me avisam que não tenho mais meus minutos

Sem se atrasar, Sem faltar
Sem viver... Sem meu lar

Giro engrenagens que giram...
Minha própria vida!
Deslizo em um sopro de esperança
navego em um mar cinza com um furo na proa
Velas furadas, minha mente a deriva
Um oceano de pessoas, com hemorragia de sofrimento
Agonia e rotina

Uma mão pede socorro no mar
Sem viver... Sem meu lar

Mas hoje não estou aqui
Transformo-me em essência
Torno-me mil cores cintilantes
Sou conduzido por um vento cavalheiro
Que me remete a um tempo pueril
Se obrigações, sem deveres
Ou punições!
Para viver bastava estar vivo

O relógio parou de apitar
Posso voltar! Voltarei ao meu lar

quinta-feira, 22 de abril de 2010

A Torre do relógio


O próprio tempo se consome!
Ruminando poeira de ampulheta
Mastiga...
Rasga e uma passagem no tempo...
Abre-se

Um vortex despressurizado
Onde o passado está mais a frente
E o futuro é agora!
Agora...
Agora...

Roubaram as horas do relógio
E ele chora tão devagar
Que o proprio tempo escorre
Mas nunca poderemos fugir
A gota da velhice
sempre ira nos molhar

Um sopro que foi nossa infância
Onde podiamos observar da torre!
A mais alta, que ostenta um Ponteiro
Um símbolo Fálico, Pagão!
Onde éramos Deuses
Hoje não somos nada

Osmoze


A parte difusa
A antiga experiencia...
Da sensação do vazio
Algo para o TODO! Fluir
E começar a existir
Osmoze!

pedaços se juntam
Ao acaso
Na dança dos loucos
Formada a alegoria
Na alegria
Osmoze!

O elo de uma corrente distante
Onde o fim chama o principio
E eles se encontram
A viagem com destino incerto
Os amigos sempre por perto
Osmoze!

terça-feira, 20 de abril de 2010

A esperança é um lugar hostil


E quando...
Em nossos olhos não haver mais um brilho?
Qual será o refugio?
Um lugar só nosso, vazio
Tornaremos a ver o mesmo por do sol?

Quais serão as cores?
Serão avermelhadas como antes?
Tonalidades sem um tom

Nos perdemos em dunas de ilusão
No deserto onde nada era real
Eu e você na solidão
O tempo veio nos punir! De forma desleal

Uma rachadura no céu
Um sol escaldante
Nosso amor derretido
esmagado... vira poeira

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Procuro miolos


O medo!
De pelas ruas caminhar
E ver manequins humanoides.
Em uma bela aparência
E tão pouco decência
Precisam ser... Não sei ao certo
temo este maldito desconhecido

Qual será esta dimensão sofrida?
Que minha luz se apague antes!
Minha esperança fraquejar entre um beco
Aquele sorriso, da garota perfeita
A luxúria que sente n'alma

Cabides ambulantes com cabeça!
Que ostenta um chapéu
Uma roupa cara
Uma falsa cara
Quem é aquele cara?

Que de criança perdeu o seu todo
Entrando no perigoso jogo dos adultos
Finais de semana e possíveis garotas
A culpa se encontra presa em uma gaveta
Simbolicamente está dentro de um cálice

Saio abrindo crânios!
Revolto-me
procurando miolos... algo palpável!
Algo nojento e viscoso
Mas so vejo lindos rostos
e o perfume?

Corpo forte
Roupa apertada
Moda maldita
Existência vendida
Abutres com fome!

terça-feira, 13 de abril de 2010

Cidade... Vida cinza


A cidade logo amanhece
Os pássaros já se foram
O barulho nos acorda
Logo cedo... Nos derrubam em caos

O pássaro ja cantou
Agora acabou
Os pedreiros Batem
Os Cachorros latem

Sonolento, Passos errantes ao banheiro
Sua irmã já escova os dentes
Rumo a cozinha!
Em vão! Uma xícara de café vazia...
Ornamento de um tardio desassossego

A casa pequena
Na noite serena
O sol já chegou
E o café acabou

Nem mesmo uma blusa você levou
O sol envergonhado demora a sorrir
Mas o baralho precisa ser jogado
Você se sente embaralhado no Ônibus
A lata-móvel agoniza no mar
Um oceano de carros.

O Sol de ressaca
Sua mente fraca
Chega ao trabalho
Sem agasalho

As engrenagens do tempo mastigam
Seu braço enquanto se movimentam..
Repetidamente e eternamente
A desilusão de uma criança
Um choro angustiado quando se cresce
E vira alguém...
Um robô programado

Trabalha sem parar
Sem se alimentar
Aos olhos do patrão
Aquele velho babão!

O sol parte para ver uns amigos
As montanhas que sempre o esperam
A sua amada logo chega
Ciumenta!
Mas o fujão já esta longe
A lua deixa o dia triste e frio
Mas você precisa voltar para sua familia
Enquanto passa frio e fome.

Uma vida de casado
Onde nada é perdoado
Uma vida vivida
é rotina, sofrida

Chega em casa e logo é sábado!
Desliga a TV e liga o carro
Malas são jogadas as pressas
Crianças com cinto! No branco de traz
Uma musica de estrada
Acompanhada por biscoitinhos
Rumo LugarNenhum!
Sábado é a essência da vida
Como deveria ser todos os dias

Da montanha, a cidade vira aquarela
Se vê da janela
Uma viagem para o mundo conhecer
Não demore muito para da vida... Viver


domingo, 11 de abril de 2010

Um beijo no parquinho


De repente você se perde
Na imensidão, naquele rio
nunca dantes navegado
Apenas deixa o seu barco seguir
Enquanto a brisa suave
sopra ao sabor do vento

Sou um viajante
A procura de um lugar com vida
Com amor
Um ermitão
Que vê a montanha como sua unica amiga
e companheira
Mas... Até te conhecer
E querer caminhar ao teu lado

Meus lábios peregrinos anseiam...
Passear por lugares ermos
Deixarei minha montanha...
Quero de novo encontrar seu olhar
No reflexo de um lago
Beijado pela lua
sinto ciúmes!
Mas apenas ela e o sol
Poderão tocar-te além de mim

sábado, 10 de abril de 2010

Amor puro


Nosso amor é tão inocente
Aquela vergonha...
Que precede um beijo de leve
Enquanto passo a mão em seu rosto


De uma beleza surreal
Traços delicados
Um sorriso apaixonado
Enquanto passo a mão em teu cabelo

Toco seus lábios bem devagar
para divagar
Para um outro mundo me levar
É como flutuar no mar


A forma mais pura do amor
Onde aprender é mútuo
Amar é um só
Se unem e transcende


Parecemos duas crianças
Que juram amor eterno
Se encontram, corados!
E redescobrem o amor

Eu, você e a Lua


De longe eu busco o brilho de seu olhar
Aquele que você roubou da lua
sentir o gosto mágico de teus lábios
poeira de estrela

Vamos fugir, para poder sonhar
Buscar uma morada além da Terra
Cada dia um planeta
Viajar na calda de um cometa


Para traz... Tudo iremos deixar
Eu, você e a lua! Apenas
Seu belo sorriso
Um abraço, um beijo roubado






segunda-feira, 5 de abril de 2010

Vendo-me

Você pode fechar os olhos

Fingir que não acontece com você


Se inventar personagens

E usar mascaras para poder fugir


Sabe do que eu to falando

Vendeu-se e não quer nem saber


Vendo-me, Enquanto vendo-me

Estou vendo-me, Vendo-me

Enquanto vendo-me, Vendo-me

Vendo-Me... Vendo-me

Vendendo-me!


Acha que a única solução para vida

É lutar para poder correr


Se esconder para ninguém te achar

Ser à sombra dos postes da rua


Você sabe do que eu estou falando

O dinheiro agora é tudo o que importa


Vendo-me, Enquanto vendo-me

Estou vendo-me, Vendo-me

Enquanto vendo-me, Vendo-me

Vendo-Me... Vendo-me

Vendendo-me!


O pecado como amigo

O prazer apenas um amante


Saboreando se na vida mesquinha

Tudo fácil tudo do jeito que você quis


Você sabe do que eu estou falando

Sem alma e sujo... Não quer nem saber


Vendo-me, Enquanto vendo-me

Estou vendo-me, Vendo-me

Enquanto vendo-me, Vendo-me

Vendo-Me... Vendo-me

Vendendo-me!

domingo, 4 de abril de 2010

Me vendo enquanto me vendo


O que fazer agora!

Que as aves perderam o vôo

Rastejam e sofrem por não andarem direito

Quem fez isso a elas?
Quem esta fazendo isso a nos?


Lutamos a cegas

Com um vilão invisível

Que nos ataca por trás

E nunca esta La!

Para o contra ataque


Onde foi parar esperança?

Deve ter sido leiloada por petróleo

O homem vendeu o amor

E comprou uma arma

Com juros altíssimos


Mascaramos-nos em redes sociais

Enquanto nossos vizinhos

Não possuem rostos

Nem sentimentos

Apenas cortam a grama


Sempre verde e bonita

Do jeito que deveria ser a nossa

Mas onde estão os pássaros no céu?

Aquela nuvem tem uma forma estranha

Lembra alguém que chorou no passado


Uma luta esquecida

Deixada de lado, apenas enfeita o céu

Com tristeza e nada mais

Consumimos e ruminamos

O nosso planeta reciclado.

sábado, 3 de abril de 2010

O que tínhamos?


Esfaqueia-te!
Veja tua carne sangrar
Sinta tua mortalidade.
Saboreie o enferrujado sabor da cor vermelha
Que escorre por Teus lábios!


Que o efêmero sopro
De tua boca sangrenta
jogue-ti em desespero
E se apague como a vela


Ajoelhe-ti e chore
Por blasfemar diante a mim
Enquanto sofro
Tu ficas a rir


Ajoelhe-ti
E não volte
Não peço que tu fiques
Quero que parta



Como partiu o que tínhamos
Explodo a cada segundo
Por ainda te amar
Vá embora e leve este maldito coração

Cantor de Jazz


Eu queria ser um cantor de Jazz
Pena não ter um corpo
E soprar as cores da melodia
Para dançar pelo bairro
Notas improvaveis
Que eu nunca escutarei


Ouso fazer coisas que nao me atingem
Que não poderei ver
Muito menos sentir
Posso ainda chorar
E na saudade me esbaldar


Eu lembro de um tempo
Que nunca existiu ao certo
Quando eu cantava Jazz
Com meu sax
Meu melhor amigo!
Nunca tive um... falo de amigos.


Flutuo pela cidade
Deve estar a noite
Minha vida é um eterno breu
Passo através das pessoas
Devem ser pessoas
Ou apenas a minha imaginação

Gosto de sonhar com O Jazz
Se pudesse algo
Se alguem ver uma estrela cadente
peça para mim... Um saxofone
Pode ser qualquer um, ficaria grato
Obrigado pelo sax... Posso te chamar de amigo?

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Tinha sangue na mesa de jantar


Quando toda a família havia se reunido

Parentes distantes

Que só aparecem em festas


Tinha sangue na mesa de jantar

Misturando ao vinho

Que fora derrubado

Por uma mão gélida

A mesma que o Tio Valter

Jurou proteger ate a morte


Tinha sangue na mesa de jantar

Negro! Ao passar do tempo

O liquido puro

O vermelho da existência

Formara uma crosta dura

E espessa

Cobrindo todo o ambiente

Um odor nauseante


Tinha sangue na mesa de jantar

Alguém de fora abriu a porta

Deu quatro tiros no aniversariante

Pobrezinho era tão jovem

E foi o primeiro a morrer

O ultimo foi o pai

Que tentou proteger seus filhos

Toda sua família

Mas o massacre foi inevitável

Nove pessoas mortas


Tinha sangue na mesa de jantar

O bolo com carrinhos em cima

Que nunca irão percorrer a estrada

A estrada cheia de sangue

A inocência perdida... Roubada, apagada!

Todo o amor que poderia conter

Numa casa e seus familiares

Reduzido às sombras do passado

Aquela foto que você não quer guardar

O momento que você prefere esquecer

O momento de sua morte

Era para ser um dia alegre


Mas acabou com sangue na mesa de jantar