terça-feira, 31 de agosto de 2010

Vida Cão


Uma mão pouco habilidosa
Segura um copo de Uísque
Uma mente muito poderosa
Preserva fantasmas de outros tempos

O homem esta apenas procurando uma amiga
O álcool
Companheira de solidão
E nas letras... Jogadas pelo quarto
Um mundo inexistente
Em busca de algo que faça sentido

Na inquietude do luar
As horas que passam apressadas
E o Homem com seus passos errantes
Ate a geladeira para comer algo gorduroso
Que tenha algum sabor
Precisando sentir algo
Mesmo que fosse um soco no estômago
D'Alguem que estava passando, apenas
Quem dera fosse um amigo

Aprendeu a respeitar o tempo
Depois que ele levou sua amada
Nunca mais quis se apaixonar
Seus pais...
Nunca os visitou
... E seu cachorro
Nunca mais teve um cão
Mas vive como um
Na sarjeta
Uma vida que nunca lhe deu gorjeta

Não tinha sido um homem ruim
Apenas nunca fez o bem
Sempre esperou por este alguem
E acabou assim

O tempo é a unica pessoa que fala com ele
Palavras repetidas que sempre dizem
Vou te buscar, Vou te buscar, vou te buscar!
A cada badalada
E Ele hipnotizado
Esperando que o relógio caia sobre sua cabeça
E inconsciente ou embriagado
Que Dama de negro
O leve embora

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Aquele do vazio


As Cicatrizes, ranhuras na carne
Dos tranzeuntes, povo vazio
Que desfilam com a fétida marca
Pecaminosa! O desejo proibido

Ostentada com orgulho
Repudio entre os meus
De livre alma
De plena existência

O cão sem coleira
Possuido pelo demônio
Chamado cólera

O Bebado E a palavra


Quantas palavras mais existem
Para nos brincarmos?
Elas parecem tão repetitivas
dissolvendo-se
fazendo parte de um cotidiano
Mofado
Que se perdeu em algum lugar no tempo
Em alguma gaveta do passado
No nascer do Sol de amanhã

Esta nas folhas jogadas
No quarto d' Algum bebado qualquer
Que da vida ja teve overdose
E apenas flutua...
Sobrevoa esta cidade magnifica!
Tão grande, tão bela
Cheia de contrantes
Coberta por humanos podres
Que dançam uma valsa barulhenta
Um bolero riscado
Um timbre, sem cor

O verso inverso


Os versos
São fantasiosos
Beirando...
Não a mentira
Mas uma meia verdade

Os versos
São sussurros assustados
E esquivos
Um equivoco de uma linguagem falha
Um breve vislumbre
De uma menter perturbada

Os versos
São reflexos
Sem sombras
Sem duvida
Baseados em uma existência
Tediosa
Envolta as brumas

Os versos
Sempre o são
E nunca o que parecem ser
Uma confusão do ser
De quem foram, de quem o são
Nunca deixam de ser
O verso só é inverso

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

brincando de viver

Como viver...
Sabendo que vai morrer?
A eternidade não passando
De uma simples ilusão

Eu tentei resistir
Mesmo sabendo que eu iria cair
Quando você é criança
E so pensa em brincar

Eles estão no poder
Jogando os dados
Seu destino esta traçado
E eles escolhem os buracos
Que vão te jogar

Um idiota burgues nepotista
Esta é sua liturgia
Controlam o mundo
Quem esta lá para reclamar?
Parece magia

Apenas sobram os loucos
Que beijam a morte
E se deleitam em um resqüicio
De existência

Nessa dança sem musica
Perdidos e sem esperança
A vida é um brinquedo
Uma arma carregada...
Um revolver
Emprestado...
E ainda temos que devolver

Onde prevemos a morte
E não podemos correr...
Atras de nenhuma sorte

No hay banda!


A eterna canção do eu sozinho
A canção da noite fria

No frio...
No escuro
Não tem coro
Apenas choro
Não tem nada
Não tem ninguem

A vontade interrupta
De interromper
A solidão

O frio que não para
Que nos separa
E não nos deixa cantar

A dor latente
O desejo presente
A pressa sem calma
O desejo da alma

É o frio que volta...
E gera revolta
De não poder cantar!
É um vazio no péito
De nao ter amado direito

O frio que cala
E te deixa só
Numa terra deserta e árida

A tristeza saturada
Quando a luz é apagada
Um resquicio de sombra
De alguem que não esta lá

Que de frio esta morta
E apenas no sepulcro a noite
É escutada cantando

Dançando na noite fria
Naquelas onde é dificil achar...
Um pouco de alegria

O canto do inferno!
Onde Seu coração é queimado
O eterno inverno
O fogo azul

Da vida so desejamos o amor
deitar na cama
Com aquela pessoa que se ama
Passar o frio
E juntos... Poderem cantar

N'Onde eu possa morar


Eu sempre achei que estava imune
A esta meia verdade
Mas não foi bem assim que aconteceu
Mudaram as refras do jogo
Alguem se perdeu

Eu achava certo
Mentir para mim mesmo
E não perceber
O que estava acontecendo

Tire-me daqui!
Que eu quero sair
Tire-me daqui
Que eu quero voltar...
Para uma realidade que eu possa ficar
Na onde eu possa morar

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Um céu violáceo


Eu Acreditava no fim!
No pior...
No cruel!
No fogo-fátua que seria a humanidade!

Que nada ostenta por dentro
De uma alma ociosa e oca
Que alimenta o mal
E exala toxinas

Mas juro que me espantei
A pouco...
Com a serenidade de um humano
Dentro de muitos...

Pude vislumbrar uma sensação receosa
Um amor manso e envergonhado
Como se fosse algo proibido
Banal...

Tive o prazer de presenciar um belo gesto
De irmandade e carinho
Para com um desconhecido!
Fora de sua familia...

A moça solene, mudou a atmosfera
deixou o mundo numa luz violácea
Com esperança...
SIM! A humanidade tem esperança!