segunda-feira, 31 de maio de 2010

Nosso tempo

Os dias deslizam em espirais
As horas se desfazem
Minutos, como areia de praia
Sopradas ao vento
Com um mar de saudade

Algo que nunca existiu
Possivelmente nunca será
Que ultrapassa os limites...
Por não ser tocável
Assim como você
Oh! Minha querida

Se você... Eu pudesse encontrar
Os dias teriam outras cores
As horas, um tilintar
Um tambor ensurdecedor
Minutos, cada um deles uma maldição
A espera de te ver
O tempo... Nosso tempo
O meu pior!
Meu melhor amigo

sábado, 29 de maio de 2010

Senhora poeira de estrela




A dama intocavel
Presa em um castelo de cristal
Solitária em um ambiente frio
Lá do alto...
Suas lágrimas alcançam o chão!
Deleita-se como o puro orvalho
De vidro é teu jardim
Flores lindas e frageis
Cor de jasmin

Seus pés delicados
Deslizam sobre o gélido lugar
Mas apenas seus sonhos...
Vão alem
Sua morada é fantasiosa
Que anseiam um abraço

Um amigo, assim como um pássaro
Que se possa conversar
E poder sonhar

Uma menina!
Filha da lua
Que como as estrelas
Nos observam de longe
Com inocencia e curiosidade
Mas nunca
Sentarão do nosso lado
No parquinho... No balanço

Tão bela e fria
Eu não alcanço!
Um iceberg Seu coração
Seu sorriso minha alegria

Que em tempos ancestrais
Por esta terra, caiu
Como um anjo machucado
Esperando suas asas
melhorarem
Uma nova estrela cadente
Olha o céu
Esperando as estrelas passarem

Esperando a calda de um cometa
Alguem para te buscar
Dê me a mão
Enquanto não a tiram de mim
Tambem estaria esperando...
Esperando por você


quinta-feira, 27 de maio de 2010

Parti(-me) ao meio


Eu cuspo no tempo
Desejo o impossível.
Estou sobre as nuvens
De cabeça para baixo.

Danço com meu reflexo
Não tenho vestígios de sombras
Intocado e isolado
Flutuo no espaço

desliza seus dedos, na lira
Sussurra meu nome, em vão
A luz não toca meus lábios
Sem teu carinho, atravessa-me

Minha'lma se esbalda
Em um choro pragmático
Um eterno falso sorriso
Asmático

Ela aponta, ofende-me
maldições vociferadas
Uma solidão inconstante
Ao luar ululante

Seu chamado é eterno
Minha negação é um grito
De libertinagem
Quando da vida se pede pouco

Deixei-a partir!
Oh! meu sólido inexistente!
Meu etéreo...
Contempla-se ao cair da noite

terça-feira, 25 de maio de 2010

Dia ensolarado


Seu sorriso
São raios solares
Que me alimentam

Uma manhã de março
Que exala perfume de flores
Um leve orvalho
Que me refresca

Chame meu nome!
Para eu saber o que fazer
Enquanto escrevo...
Doces versos
para você

Meu olhar triste e umido
Por não ter você por perto
As nuvens que te encobrem

Solidão é o nome do pássaro
Que faz da morada a esperança
Voando devagar, te observando
La do alto... Lá de longe
meu amor

domingo, 23 de maio de 2010

desabafo existencial

Minha memória falha...
Perde-se na imensidão
No véu que cobre as montanhas
Nas nuvens que nunca tocam o chão

Minha existência se anula
E se auto afirma
Nas cores das flores
E no breu acinzentado da cidade

desfaço-me, viro semente
Sou um pé de liberdade
Com apenas um fruto
Proibido
O pecado é viver em vão
E não provar a essência

Não ir ao topo do morro
E do alto ver o céu
Aqueles que poucos poderão ver...

Dos que se ocupam na mesmice
Do caos!
Na tendência de estar ébrio de viver

Vultos navegam...
Na minha mente
Num céu abençoado
Com nuvens a favor
E uma tripulação de macacos fantasmagóricos

Que se esbalda
Em uma agonia acomodada
Vociferando sonhos...
Que jamais existirá

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Eu não quero estar lá




Eles querem que eu esteja lá!
Más eu não colocarei mais meus pés
Naquele lugar!

O professor da escola me diz
Para sentar e ser um bom aluno
Mas a unica coisa que eles ensinam
É que você tem um registro
E tem que fazer o que eles programaram

Eles querem que eu esteja lá!
Mas eu estarei aonde eu quiser!
Não! Eu não vou estar aonde eles querem
Não! Porque eu conheço o Barqueiro!

No trabalho você não pode faltar
deve ser produtivo
Tem que fazer tudo o que te mandam fazer
Enquanto alguem se lambuza no escritório
Com pessoas apertando o seu saco!

Eles querem que eu esteja lá!
Não!
Já cansei! Eu quero sair por ai
Apenas, ficar por ai
Aonde minha estrada me levar
Eu não voltarei para lá


quarta-feira, 12 de maio de 2010

A chave






Aquela visão que me perturbava
Enquanto caminhava a esmo
parei para observar...
A chave que estava no chão

Quem perdeu?
Mas o frio gélido
Que fazia meu corpo tremer...
Ao indagar... Que porta deve abrir?

Um portal obscuro!
Um coração em um báu
A casa de sua familia
Sua própria alma

Escondia-me
Evitava olhar para aquele objeto profano
Um brilho fosco...
Medo e fascinio

Um conhecimento perdido
A busca de outrora
O segredo da vida
Jogado fora?

Se o dono quis se livrar dela?
Se fora algo cruel demais!
Preciso te-la em minhas mãos
Sentir a sua essência

Com receio, quase uma vergonha pueril
Aproximo-me de minha amada
A namoradinha do primario
Puro pecado!

Jogo-me ao chão
A risada histerica chove ao redor
Os homens de mente sã...
São molhados com a água imunda de loucura

Correm, desesperados
Eu entro em Frenesi!
Achei a chave!
Tenho à em minhas mãos!

Uma porta aparece
Ferindo-me por dentro
Minha expressão some
O vento para... Tudo parece congelar

Chegada a hora!
Olho para a chave!
Olho para a porta!
Com um movimento calmo...

Elas se encontram...
beijam-se
E desse amor brota uma luz!
Protejo meus olhos

Cego por alguns minutos
Atordoado uma vida inteira!
O que esta lá?! O que esta lá?!!!
Não pode ser!!!

Dentro da porta
Aparece um homem. Eu mesmo!
Eu estou sorrindo do outro lado
Olho para o céu... E desmaio

domingo, 9 de maio de 2010

Enquanto sigo... Sem minha garota

Eu me perdi...
E te perdi...
Em um mundo de fantasias
Por temer tudo ao meu redor
E a mim mesmo...

Num lugar com carroagens
Reis e principes
Pouco espaço se tem
Para um pobre Duende

Trouxeram-me a este labirinto
perco-me, antes de poder me encontrar
De te encontrar!

Onde você esta garota?
Sei que anda se escondendo
Como um gato assustado
Com medo ou receio...
De me amar?

Levo meus olhos ao chão
Quando um casal passa por mim
Sem me notar...

Sempre andam com vários amigos
Ou namoradinhos
Enquanto eu deixo um rastro...
Uma estrada de lágrimas
Mas ninguém me acha

Eu mesmo me perdi em algum lugar
Em alguma ilusão
Uma realidade alternada
Algumas paginas amareladas
Que o tempo coloriu
Abandonados... Justamente como eu
Minhas amigas! Companheiras de frio

Mas e a garota...
Será que existe de fato?

Talvez nada exista e eu continue vagando
Sigo bestificado! Por este mundo louco

Minha enxaqueca, me obriga a ler
Contos de terror
Abro minha porta e vejo um cenário horrível
Pós-apocalíptico
Onde o homem entrou em desevolução

E não encontrei ainda a minha garota
Como algo poderia nascer por aqui?

Devo escrever um livro!
neste sonho insano
Sinto-me fraco
Sem asas para sair daqui
Não conheço o criador deste circo
Mas não deve ser uma pessoa muito boa ou feliz
Por não amar e noao deixar que seu filho...
Ame

sábado, 8 de maio de 2010

Annie's Eyes

Da próxima vez q te ver
Irei sussurar uma canção
Um leve sopro, abafado
Por insegurança
De estar ao seu lado
E de não haver muita esperança

Mas da ousadia
Faço minha morada
Um jardim com belas flores
Para alegrar seu dia
Seus olhos, suas cores
Minha alegria

quarta-feira, 5 de maio de 2010

A dança da morte


Continuo nesse baile de almas
O eterno sopro...
Uma leve melodia em forma de neblina
Que paira sobre nossas cabeças
Enquanto guia nossos pés

Uma hora a musica deve acabar
para um descanso...
Eterno!
Onde sentamos e observamos
Mascarados a girar

Palavras são sussurradas aos meus ouvidos
palavras tais:
A moça de negro te observa meu rapaz
Ela pede sua mão
Dance com ela

A musica fica pesada
A neblina toma conta do ambiente
Não vejo as pessoas que eu conheço
Apenas um rosto disforme
Um lábio... Negro e tentador

Os tambores começam a tremer
Tudo parece ter ficado para trás
Apenas eu e minha eterna parceira
Ela me beija... É tão bom
E fico em seus braços