quinta-feira, 27 de maio de 2010

Parti(-me) ao meio


Eu cuspo no tempo
Desejo o impossível.
Estou sobre as nuvens
De cabeça para baixo.

Danço com meu reflexo
Não tenho vestígios de sombras
Intocado e isolado
Flutuo no espaço

desliza seus dedos, na lira
Sussurra meu nome, em vão
A luz não toca meus lábios
Sem teu carinho, atravessa-me

Minha'lma se esbalda
Em um choro pragmático
Um eterno falso sorriso
Asmático

Ela aponta, ofende-me
maldições vociferadas
Uma solidão inconstante
Ao luar ululante

Seu chamado é eterno
Minha negação é um grito
De libertinagem
Quando da vida se pede pouco

Deixei-a partir!
Oh! meu sólido inexistente!
Meu etéreo...
Contempla-se ao cair da noite

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