terça-feira, 24 de novembro de 2009

Caspar David Friederich – Romantismo


O monge a beira mar


Na vastidão do mar

Sob o esplendoroso céu anil

O monge se sentiu... Encolher

Olhar a natureza, solitário.


Cerrou os olhos, tentou voar...

O gosto da vida virará fel.

O que ele era diante a tudo?

O homem de fé se sentiu impotente

Willian Blake - Romantismo


O ancião dos dias

O sol e a lua
O fogo e a água no céu a brilhar
O velho somente a observar
Os dois caminhos a trilhar

A qual seguir?
A luz ou escuridão?
nada mais do que ponderação
No alto estará, sorrindo o ancião

jacob van Ruisdael - Barroco


O cemitério judaico

O vento sopra incessante
Ao bater nas arvores, um descuidado gemido
lamentando a fragilidade da vida
A inevitavel lança da morte

Sombrio e agourento
Como as nuvens que pairam alem
Trazendo o liquido da juventude
Em um salão de caveiras!

profano e sinistro
As ruinas e seus mausoleis
guardará para sempre
A vida roubada! Anos de sonhos perdidos

Jean-Honoré Fragonard - Barroco


O balanço

O adocicado perfume da macieira
Dançava com a leveza de um entardecer
A linda dama no balanço a brincar
E os enamorados a espiar

Os anjinhos inocentes sempre a sorrir
Ao ver os pequeninos sapatos voando
A moça a balançar
E a fragrância no ar

Envoltos a lindas árvores
De um primaveril encontro
A madona é tocada pelas flores
seus labios ganham outras cores.





Quadro de Johan Heirich Fuseli, Rococó


O pesadelo

A noite silenciosa brilhava
Uma abobada estrelada
Tonalidades azuladas
E uma brisa refrescante


O homem deita-se
Aconchegado em seu leito
Levemente adormece
De um sono profundo


Sua alma agora vaga sem rumo
Adentra os confins do mundo
Mais negros que um sinistro corvo
Perde-se em desespero


Os demônios surgem aos montes
Tocando trombetas e tambores
Caçando o homem
Querem sua carne


A horda bestial o seguindo
Sentindo o pungente cheiro do medo
Alimentam-se da dor
Fraco, o homem cai.


Devoram sua carne
E suas entranhas
Um banquete sangrento
Ate deus abrir-te os olhos.

domingo, 22 de novembro de 2009

Melancolia

Com o peito aberto eu fui

De sonhos e amores

Cicatrizes agora mostram

Meu sofrimento, minhas dores


Do céu azul, nuvens claras

O mar que abraça, beija te chama

Porque não nos encontramos?

Penso em minha cama


A praia perdeu seu sol

Nuvens negras a chuva trouxeram

Tão longe e tão perto

Nem um beijo eles deram!


Algo lhe foi roubado garoto

Um presente de aniversário comprado

O amor não vivido

Despedaçado


Disfarça a vergonha entre as pessoas

Por pensar... nela

Da praia e do sol se esconde

Fica no quarto, a luz de vela


Já doente, desiste.

A febre o estava consumindo

Foi a praia com seus amigos

E com o tempo, o amor... sumindo.

Pegadas a esmo


Eu ando onde as minhas pegadas serão apagadas com o vento. Não deixo rastro. Não me siga. Lugar perigoso. Onde a estrada não te da boas vindas. Mas é unico e desconhecido, cada passo. No qual você pode tecer um suspiro branco. Livre

Eu esqueço q posso colocar fotos!


Foto para o poema de baixo

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Sangria



Outrora peguei-me sangrando.
Por esta humanidade nojenta... Bem antigamente
Hoje, nada ela ostenta.
Não se sustenta.
Chora em vão.
Morre no chão.
Onde o homem ja cuspiu!.
O Homem... O cão

domingo, 8 de novembro de 2009

Amanhecer

A cama deserta e fria
É um acordar e não te sentir ao meu lado
Você amando outro
E eu com insônia, enciumado

Em um tempo nublado eu vivo
Roubaram meu amanhecer
Levaram de mim o amor
Sinto-me adoecer

Passaram-se mais dias infernais
Sem a luz dos seus olhos, o guia!
Pecado eu viver sem teu carinho
Seu sorriso era tudo o que eu queria

Toco garotas vazias
Mas beijar? Apenas as garrafas que me enebriam a vida
Nada é tão doce quanto seus lábios
Fui para o inferno, Sim! Com passagem só de ida

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

O Ipiranga calado

Impossível vivenciar o parque da independência

Sem sentir uma febre de orgulho

De um povo heróico o brado retumbante, do passado.

Que lutaram por este céu risonho e límpido

Que vos ostenta estrelado


E uma penúria que castiga a alma

Do presente amaldiçoado

Um povo que teme! Que calado sente dor

Onde deixamos nossas medalhas?

Oh! Pátria amada


As crianças que se deleitam

Nas margens plácidas

Um berço esplendido, sem saber!

Que esta terra absorveu o sangue puro

Que lutaram a peito aberto a própria morte.


Agora nos matamos e vagamos

Por onde já cantou o sabiá

Derrubamos todas as palmeiras

Com uma vergonha ociosa


Guerreiro da Pátria mãe gentil!

Esta no carnaval com a garota de Ipanema?

Ou escutando bossa-nova na terra da garoa?

Porque se esconde em um abismo tão fundo?

No âmago de nossas almas

Que seja vomitado!

Em um uivo de independência

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Hospede maldito

Prossiga, oh! Tempestade forte

Toque-me como um punhal

Que na carne, faça um corte.

Assim vagarei na inóspita noute sepulcral


Na boca, o gosto da morte.

Minha aura é fria

Deus me deu pouca sorte

Há! Há! Desse nome, só faço zombaria.


Sou negado de calor

Murmúrios passageiros

Privei-me do amor

Evito cores e cheiros

Falo sério! Tremo ao tocar uma flor

Em mim vive um hospedeiro

Alimentando-se de minha dor.

Cousa sem razão

Dos homens...

Não escuto nenhum sermão

Cada cousa que acreditam!

Tudo sem razão

Ainda piores são aquelas

Que na vida, o guia é o coração.


Entre eles...

Caminho sem nenhum tostão

Sigo sem gravidade

Onde não haja chão

Canção da noute fria

O poeta da noite fria

A qualquer custo se desfaz

Evita a calmaria

A sombra que ficou para traz


Não usa cores em seus versos

Anda a esmo, caminhada errantes.

Passos incertos.


Não sabe se vai, ou se já foi. Inconstante

O sol! Nem mesmo apareça

Que a tempestade jorre

Um dilúvio em minha cabeça


Tomara que minha musa...

Abandone-me, desapareça.

Venha! Agourenta noute

Abrace-me, me entristeça.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O beijo do poeta falso

Pelo meu andar

Eu devo sofrer

Meu pé em chagas

Fazendo meu corpo tremer

Foi o caminho escolhido

Deixe o sangue escorrer


Pague as conseqüências

Sabendo que era errado

Um pouco ousado


A tentação sorriu-lhe o rosto

O azar fechou-lhe a cara

E sozinho, hesitou pelas ruas.


A aflição corromper-lhe-ia

A mente!

Sem destino aparente


Apenas pegadas superficiais

Daquele amor de outrora

Um sonho mais leve que o ar


Negado de esperança

Sente-se a sombra fora do tempo

Lá fora a lua cheia...

A zombar de ti Oh! Poeta caído

Trovador de letras tortas

A triste melodia...

Sem ninguém para dançar contigo

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Depois eu continuo com a brisa dos 4 pomas do crepusculo... com nenhuma referencia a livro para jovens vampirinhus hahaha

A Terra que não existe, escrito por ninguém.

Eu queria ir para bem longe

A terra que nem mesmo existe

O lugar de meus sonhos

Embaixo da macieira


Oh! Querida Julia

A serpente da árvore

Que te apunhala pelas costas

Amar-te-ia eternamente


Todos os Morguem

Escutando o velho Glenn

Com seus feitos históricos

Um homem como não outro

Nada é como outro, neste lugar.

Longe do mundo básico


Faço sangria de nanquim

Suicido-me para viver

Rogo por uma pneumonia

Que meus pulmões se encham de tinta

Que meu corpo vire pó

E você me encontrará

Em uma estante vazia

Um livro...

A macieira...

Esquecida...

Coberta com minha essência

O pó!