sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Lua nova

Um pouco de esperança

Sonho com o dia!

Meu guia para viver

Que seus lábios, voltarei a ver.


Mas a demora fere a carne

Começo a imaginar coisas

Da ampulheta? Minha sanidade é o grão

A saudade penetra! Chega a meu coração.


Criei um mundo só para nós

E para noite não haver escuridão

Pintei uma lua nova e varias estrelas

A nossa constelação, iremos observá-las.


O tempo passa rápido

Onde está você esse tempo todo?

Vivo apenas de imaginação

Venha comigo! Preciso de sua mão

Eclipse

Falta-me tato

Não te sinto ao meu lado

Peça me para ficar

Seria de bom grado


Escuto sussurros ao longe

Onde ti jamais esteve

O dia agora tem lua

E lá fora? Neve


Agonia! O por do sol não ver junto a ti

Cante de novo

Cante meu belo Bem-te-vi


Um eclipse sem fim

Fria melancólica, à noite!

Sem você junto a mim

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A cor vermelha

De todas! A mais bela

Da rosa que exala

O amor

Ao sangue quente que jorra

A dor


A timidez e a alegria

O desejado beijo na garota

A ferida e a putrefação na carne

Quando a morte bate a sua porta


Sonhos e imaginação

Com aquele dia apaixonado ao luar

Pesadelos e calafrios

O punhal te fez sangrar


Maldita e abençoado

Preciso de ti, oh! Bela cor

Deixe-me sentir o amor

E morrer ao teu lado

A lira da saudade

O que é vida sem você?
Pergunto-me se a carinho sem teu toque.
Nosso amor se esvai sem um por que
Diga-me! Antes que essa aflição me sufoque

você é aquela doce lembrança
O fantasma atrás de meu olhar
Uma melodia sem esperança
A harpa flui quando penso em te beijar

O tempo não nos perdoa
O mesmo azar tenho em te encontrar
Vou esperar, por mais que isso doa.
Dor pior é no meu futuro... Você não estar.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O prologo e o meio, agora só falta o final

Foi assim que ele me ensinou, Para meu amor


Entreguei-me toda

Amor proibido


Sua boca eu espero

Um beijo roubado


Nos seus braços me acho

Sonho acordada


Meu coração te chama

Fique ao meu lado


Sem você não vivo

Cometo um pecado


Para ele, que despertou algo selvagem em mim


Uma faca na pia

Uma criança assustada

Sonhos roubados

Doces na mesa


A macieira minha cúmplice

A ti revelei tudo

Não me entregue querido avô

Os fantasmas são reais

Historias de terror


Eles voltam, caminham entre-nos

Já tentei de tudo

Nada os afasta


Eu sigo cantando, velhas cantigas

Sinto que ainda falta algo

Não sei meu objetivo, nem se tenho um

Agora é divertido, decifre-me


Tenho pena dos que estão no meu caminho

Sangue na estrada

Velhas histórias

Uma poltrona empoeirada


Desculpe eu querido, eu perdi o controle


Um pequeno pássaro sem um lar

As cobras comeram meus pais

E me criaram


Quebraram minhas asas

Fazem-me rastejar

Sinto frio, não gosto disso


As cobras são mais fortes

Elas me controlam

Não posso voar

Estou cercado

Estão me vigiando

Não se aproxime, faço coisas que não devo


Por favor!

Tirem essas cobras da minha cabeça.


As cobras comeram os ratos

Que um dia

Comeram m eu coração!


Elas só vão embora...

Quando eu fecho meus olhos

terça-feira, 13 de outubro de 2009

parte do capitulo "SEM TEMPO PARA MAÇÃS"

Percebeu o tempo que passou, John agora sentia falta de Harold, foi só o filho não aparecer no sábado que uma sensação de vazio atravessou seu coração. Olhando para trás, vendo o tempo que havia passado e ele não estava presente para acompanhar o relógio, ficou com vergonha de si – Droga, era meu único filho, como pude ser tão estúpido – pensava enquanto remoia os fantasmas de seu passado. Ele era amigo do marido da Daisy, estavam no mesmo batalhão e nunca se perdôo por aquele dia fatídico, era o seu dia de pilotar o Helicóptero, não o de Charlie. Mas no dia anterior que era uma sexta, estava uma lua magnífica no céu, poucas nuvens e resolveu sair com uns colegas, por lá eles conheceram algumas garotas e passaram a noite juntos bebendo, e o dia seguinte seria a continuação do pior da sua vida, lembrou da traição, estava se sentindo enjoado, Charlie resolveu dirigir desta vez e foram abatido por tropas inimigas, John conseguiu pular com o pára-quedas, porem tarde demais para seu amigo. Lagrimas de fraqueza e ódio se misturavam, poucas vezes havia chorado na vida, mas nada tinha sido como agora, era o culpado, se sentia horrível, se odiava, tinha vergonha de olhar para Rose novamente, como enfrentaria isso? Pensou todos os dias. Seu exílio foi exercito, ficaria naquela penitência, não sairia não iria se aproximar das pessoas novamente, o amor era algo puro demais para ele, que o transformaria em algo horrendo como já tinha feito uma vez.
Lembrou-se de seu filho, com poucos anos de vida, que não tinha culpa de nada, erraria com ele também, ele tinha uma chance para voltar atrás, poucos tem essa chance, esse punhado de esperança, era mais que migalhas, era um filho! Precisava vê-lo antes que fosse tarde, seu filho seria sua vida, mas ainda se sentia fraco e demorou a se recuperar.
Algo havia interrompido o terrível transe, com flashes da cena do helicóptero caindo e vendo seu amigo queimar, John carregou aquelas queimaduras, aquela cicatrizes seriam o emblema da culpa.
O telefone tocou, era sua esperança.

- Alo? Dizia a voz quase rouca de seu pai.
- Pai! Como você esta?
- estou bem filho como estão as coisas por ai? Pensei que você chegaria em casa ontem.
- Aqui esta ótimo também, estamos estudando bastante, vai ser difícil ir esse sábado para casa.. no próximo eu vou tentar diminuir os estudos e descansar.
- Sua voz não parece dizer que você esta cansado de tanto estudar... São só provas mesmo, ou aconteceu algo?
- Bom...
- Pode contar para o seu velho pai, não perderei mais nada, eu prometo.

Harold sentiu firmeza na voz de seu pai e realmente queria ter essa ligação com ele, nunca pode contar nada, eram tão distantes... Quem sabe agora. – Pai, eu conheci uma garota, ela é sensacional, é linda, inteligente e o senso de humor dela é ótimo e estamos gostando um do outro.
- Que ótimo isso, em um mês e ja esta quase namorando, esse é meu filho, quero saber de tudo, onde você a conheceu?

A conversa seguiu animada entre pai e filho, mas ao saber que era o seu primo no telefone, Julia ficou escutando de longe e ouviu o pior.

- Namorada? Ele esta namorando? Não pode ser – Essas palavras ferviam em sua mente latejavam - Impossível ele esta estudando, só isso, era para ser só isso.

Desesperada, com lagrimas nos olhos, lagrimas caiam, pesadas nos tacos de carvalho que revestiam a casa, se olhasse atentamente, poderia se observar sulcos. O choro escorria de seu rosto delicado e formavam pegadas de lamento e só terminaram no banheiro. Precisava lavar o rosto e teve um espanto quando olhou para o espelho. Seu reflexo sorria para ela, um sorriso malicioso, com um pouco de perversidade no olhar e ia aumentando... Aumentando.

- Chega! – Gritou para si mesma, ou outra pessoa, não sabia ao certo, ela estava triste, chorava, sua maquiagem estava borrada, apenas seu cabelo estava arrumado, ainda estava preso, impecável. E o monstruoso reflexo, mostrava uma Julia horrível, sem maquiagem, com o cabelo todo embaraçado, como se tivesse acabado de acordar. Seus lindos olhos azuis estavam ofuscados pelas negras olheiras que pareciam duas cavernas sinistras, Um abismo que continha um segredo.
- Quem é você – gritou novamente e bateu com os dois braços na pia, que fez espirrar água no espelho.
- Eu sou você, assim como você, minha querida, sou eu. Logo estaremos juntas.

E de acordo com que a água ia escorrendo do espelho, o rosto de uma garota jovem e triste ia sendo conjurado diante dela.

Mordeu os lábios, aflita, sem entender o que estava acontecendo.

- Julia você esta bem querida? - Uma voz maternal foi ouvida por detrás da porta – Ouvi gritos...
- Esta tudo bem, mãe – Secando as lagrimas com o braço, o que sujou todo seu vestido com maquiagem. – me cortei, mas já parou de sangrar.
- Se você quiser, posso fazer um curativo e...
- Não! Esta tudo bem – Sentiu o tom da sua voz explodir, sem intenção e mesmo sem estar por perto da mãe, sabia que tinha sido um choque. – desculpe é que já é a segunda vez que me corto, já irei descer para o jantar.

Não mexeu muito no prato, apenas brincou com as ervilhas, deu boa noite e subiu para o seu quarto, para esquecer tudo o que tinha acontecido.

sábado, 10 de outubro de 2009

Tudo aquilo

Aquilo que te mata
Aquilo que te chama
Aquilo que reclama

Aquilo que te abraça
Aquilo que te sufoca
Aquilo não toca

Que essa sombra vá embora
Aaaaaaaaaaaaah!! Aaaaaaaaaaaaah!!

Aquilo te ama
Aquilo que devora
Aquilo que te pega

Aquilo que sussurra
Aquilo que é gostoso
Aquilo que é pastoso

Ainda não foi embora?
Aaaaaaaaaaaaah!! Aaaaaaaaaaaaah!!

Porque você vem aqui
Já chega pensando em sair
Vá logo vá embora
Já chegou a sua hora

Aquilo que é cortante
Aquilo que é sangrento
Aquilo que é pecado

E finalmente ela foi embora
Aaaaaaaaaaaaah!! Aaaaaaaaaaaaah!!

domingo, 4 de outubro de 2009

Um véio

O livro ta consumindo toda minha criatividade, deixei um tempo de brincar com os versos... só pra naum abandonar o blog msm.. e naum vo posta nada do livro >< .. seus malditos

Palavras de um Morto


Tanto tempo para falar

Tão pouco para viver

Morrerei com minhas perguntas

Mas um dia voltarei

E de mistério viverei

Ate o dia que a ceifadora chegar

E minha alma apagar

O ciclo e infinito. Nascendo, produzindo, morrendo

E fazendo mais perguntas

Este deve ser o sentido da vida

Não fazer sentido, sem lógica

Mas porque nos preocupado?

Porque nos importamos?
mais perguntas e delas estou farto

Uma vida sem uma busca é uma vida em vão

Então viverei uma não vida

Porque não me importo mais

Ou porque estou morto?

Sim esta e a pergunta

Ou a morte é a resposta?