domingo, 31 de janeiro de 2010

Bella natura


Sua beleza exótica

De cores e aromas

Em total equilíbrio


Como podemos...

De iguais compararmos

Na ignorância

Ser superior


Agora voltamos a ti

Oh! Deusa

Poupe nosso filho

Mesmo que tenhamos arrancado

A pele do teu


Maldita raça

Humana...

Hipócrita


Suas atitudes

Apenas um reflexo

Das nossas

E mesmo assim, sempre reclamamos


Culpando deuses invisíveis

Para nos satisfazer a carne

Sem ao menos enxergar

As águas da lagrima que escorre

De nossos olhos


O vírus egoísta

Que devora tudo

E a todos


Não falo por todos

Poucos se salvariam

Decida logo Oh! Terra mãe

Ou mais de tua cria... Sofrera


E ousam chamar a ti

De Natureza selvagem

Maternal, proteja teu filho

Animalesco...

Apenas o homem

Podre existência


Primeiro dia...

Um Silêncio esmagador

Poucas palavras

Somente as necessárias


Olhares cruzados ao acaso

Refletindo...

Diante a impotência

A mais terrível vontade!

De não ser mais

De se tornar etéreo


Ratos leprosos

Que nos aterrorizam

Ferem nossas pernas


O que somos?

Restos humanos... Mas...

Somos mais do que isso

Pecados sim!

Diante do espelho

Beijamos a bunda...

De algum Deus qualquer

Oh! Vida maldita


Maltratamos nossos irmãos

A custo de que?

Para que isso?

Diz meu amigo


Ninguém nunca saberá

E eles continuarão

Vivendo uma não vida

Uma podre existência

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Morada perigosa


Preso no vórtex

Que você deixou-me

Um lugar rarefeito

Denso e tortuoso


Alguns mortais o chamam...

De amor

Humana maligna. Oh ser bestial!

Humana maligna, bruxa do mal


Um feitiço desconhecido

Arcano

Em que outrora, selavam-nos

Com um beijo


Como fui estúpido

Em ti acreditar

Humanos e demônios... Jamais!

Como irei me libertar?


Nesta dimensão, sou escravo

Sinto... Respiro... Vivo sua essência!

E aos poucos nada restará

Do Eu! Que fui um dia.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

No nosso tempo

Monet deixou de pintar
Minha manhã
As cores se desfazendo
De saudade...


Os pássaros entoam uma canção
Com teu nome
Ruína!, minha casa
A morada sepulcral...


Quando o tapete
Não lhe abre um sorriso
De boas vindas
Há tempos...
Volte para casa e durma comigo


Todas as estações já passaram
Tudo já passou
Eu fiquei
Por você...


No mesmo lugar
Sabe onde me encontrar
Como me tocar
lembro do tempo...
do sonho que era te amar


domingo, 24 de janeiro de 2010

ferimento


Volto ao lugar

Que não ouso chamar de casa

Onde humanos caminham

Sobre duas patas


Sonhos deixados de lado

Vivendo uma realidade mesquinha

Nem se pode voar

Algo podre acontece por aqui


Revestidos com metal pesado

Nossa alma de lado

Poucos conseguem fugir

E observar o céu de diamantes


Somos pequenas aves

Machucadas...

Não precisamos de asas

Apenas nossa mente para voar

Sento-me isolado, não sinto-me isolado


Olhares se cruzam

E não percebem

A Distância imensurável

Da solidão


Evitando ao Máximo

Em pequenos grupos invisíveis

Fazer de conta que se aturam

E ate fingem ser amigos


As piadas de sempre, em todos os grupinhos

Parece algo combinado... Que é comprada

Em uma loja de “como se dar bem em uma festa”


Nada original... Deplorável

Eles seguem cantando

Um horrível som agudo

Como gralhas, Uníssono


Eles dançam

Banqueteiam-se na mediocridade

Beijam-se

Com gostinho de hipocrisia

Somos poeiras de lembrança


Eu vi um homem morrer...

Deixando para traz sonhos e família

Não voltara para casa

O que esperava por ele, por lá?


Quais eram seus sonhos

Quem ele era

E o que fazia?


Eu vi um homem morrer...

Talvez nem tenha tido família

Uma chance... Para amar

Nas poucas que encontramos


Pode ter abandonado seus sonhos

O emprego pagava mais

E por lá acabou ficando


Eu vi um homem morrer

Será que foi assassinado?

Dividas... Drogas

Poderia ser até um bandido


Um homem como todos os outros

No fim, um simples humanos

Com defeitos

E sem mais esperança


Eu vi um homem morrer...

Mas não vi seu corpo ser decomposto

Necessário? Todos...

Somos apenas esqueletos ambulantes


Nosso crânio mostra a igualdade

Não importa quem era aquele homem

Quem se lembrará dele?

Amanha posso ter esquecido

Este sentimento


A sensação não muda...

Ao passar dos anos

Sempre te perdendo

Nosso amor se esvaindo


Como a ultima folha

De um triste outono

Que luta

Sabendo seu destino


O tempo escorre

A mesma folha nasce

O vento pode ser forte

Mas ela ira resistir


Mais uma noite com chuva

Parece me consolar

Chorar junto a mim

Minha ultima esperança


Lágrimas estas...

Que meus olhos já pagaram

Um preço caro!

Por este amor devedor


Quando ela não me beija

Quando tão perto

Seus lábios tão distantes

Hora de ver dor

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Mensagem encontrada em uma cápsula do tempo


O povo sente fome

E chora!

Pela ganância de seus lideres

Que Devoram...

Ruminam o planeta!


Cuidado meu irmão

A vida não será fácil

Não colheremos flores

Com nossas amigas de infância


Tão pouco leremos historias

Para nossos filhos

Eles não nascerão

O fruto belo não brota em terra podre


Hoje o inferno consome o planeta

Em chamas disformes

Crianças deformadas

Pobres e famintas


Somos a marca da besta

Carregamos em nossas costas

Uma ferida profunda

Poucos sentem, poucos choram


O vírus!

Maldito e sufocante

O câncer de um planeta verde

Morte lenta e agonizante


Seremos extintos e apagados

Oh minha Deusa!

Minha Terra!

Minha Mãe!


O ciclo continua

Já passaram aqui e novos virão

E irão nos chamar

Povo de Atlântida!

Amor e ódio


Da cena que transmite ternura

O desabrochar de um amor

Ao mais horrível dos pesadelos

A nossa aflição


Mistura-se ao acaso

A mais perfeita imagem...

Do luar, refletido em águas plácidas


A brisa consoladora em um dia ensolarado

A chuva fina como lamina!

Em uma tempestade

O olho do furação

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Sorocaba


A vida pede passagem
Ela busca essência
No pleno vôo da andorinha
E a chuva desce fininha


Lá do alto somos fortes
Encaramos a morte
A peito aberto!!!
Viver a vida do jeito certo!


Sem temores...
Da vida uma aventura
Viajam, apenas ouvindo rumores
Pulamos de qualquer altura!


Conhecendo pessoas fantásticas
Fazendo coisas lunáticas!
Não sabemos onde estamos indo
Mas estamos no nosso caminho!

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

faz parte da "vida"

Impossível em seus olhos não se perder

E Por toda a vida, desejar

Mais que tudo!

Continuar em teu olhar


Mas do que sonhar

É viver...

No doce lábio teu

Que a muito não encontra o meu


Desencontros e tropeços

Mas, Oh minha querida!

Por quanto mais esperarei?

Por toda a minha vida?


Talvez seja o nosso destino

Um encontro no final

Um abraço eterno te amar

Por isso eu posso esperar

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Meu anjo

A bela imagem do anjo

Querido e amado

Com seu clarim, um lindo som

Que de longe escutarei apaixonado


Por que! De asas veste-me

Força um vôo oh! Tristeza

De saudade encho meu coração

Lembranças de sua pureza


Deu-me asas e estou livre

Para voar ao sem direção

De algemas no braço

E no peito, solidão


Oh! Meu anjo perfeito

Desolado é o homem

Que por ti foi cativado

E ao vento... Jogado


As noites... Frias! Tornar-se-ia

Se me abandonasse

Voando a um lugar distante

Tal lugar que eu não pudesse


Voaria a teu lado

Mas sua flecha feriu-me

Tão distantes

Nunca se tornarão amantes

O preço de uma vida vazia

Porque aquela garota estava chorando?

Vejo angustia a minha volta

O belo par de olhos verdes a minha frente

Reflete uma luz desesperadora

Um desconforto que domina o vagão

Flashs de esmeralda

Impotência!


O vento da esperança

Que não sopra como devia

Sussurros de fantasmas

De alma sofrida

Da pureza que somos

Nossa casa invadida


E eles olham para o alem...

Imaginando uma pobre vida

Que os liberte e proteja

A morte tranqüila de uma vida em vão

O cálice alcançado na hora de dormir

Para estar sempre com seu Deus

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Garoto interrompido


Olhos estranhos perseguem-me

Eles sabem de algo

Que eu desconheço

Ou me esqueci...


O que não me contaram?

Preciso me lembrar


Sem força, gritei!

Ninguém reagiu

E continuaram a me fitar

De uma forma assustadora


Eu devia saber de algo?

Preciso me lembrar


A sala úmida, empoeirada

Com quadros de pessoas desconhecidas

Fazem-me pensar que os desconheço

Que lugar estranho! Que merda...


Onde estou?

Preciso me lembrar


Agora to fodido!

Não sei onde estou

Não sei quem é esse pessoal

Vou ficar aqui fazendo o que?


Foda-se tudo isso

Vou-me embora!


Não me deixaram sair!

Que merda, um absurdo!

Nada me dizem

Apenas negam minha passagem


Sou esperado...

Mas que merda!


Ao redor olhares! Mais, Maltidos! Olhares...

Começo a fazer graça

Agora quero ver!

Cócegas em alguns e nada!


Pessoas sérias demais

Que lugar é esse?


Vejo uma garota linda

Beijo a com desejo

Sem rejeição?

Que loucura!


Vou brincar mais um pouco

Está divertido... Interessante!


As pessoas Olham a escada, o que vem lá?

Todos no mesmo instante

Alguém vem lá!

Quem será o anfitrião...


Será um parente?

Ou um vagabundo!


A sombra do manto... Tira o capuz!

E a visão gela meu corpo

Perplexo, vejo-me

No rosto do desconhecido.


...Que palhaçada é essa...

...Irmão gêmeo?...


Desce e recebe cumprimentos

Por outros... Que sou eu!

Todos ao redor

Eu era todo mundo... E não era ninguém


Quem sou eu?

Que são vocês!


Eles me olham e estão sorrindo

Num berro acordo

Diante do espelho

De costas para mim mesmo


Fiquei sem palavras

E depois, risadas insanas

Dani

Ousei sonhar sonhos

Jamais sonhados antes

Um amor impossível

Sinto-te tão distante


Saudade da singularidade...

Que é teu perfume

Da flor! A mais bela

Que apenas um nome vem à mente


O nome Daniela


Mas não existe tal flor

Tal aroma... Cores

Por que me assombra?

Em vezes de amor, sinto dores


Um lamento sem fim

Sinto-me desolado

Um nada absoluto

Sem você ao meu lado


De esperança, vivem os homens

Que no amor, refletem a vida

O espelho com sua face

Minha querida

Divida Mortal


A ela devemos tudo
E pagaremos com o ultimo suspiro
O preço da vida é altíssimo
Desperdice como quiser

Sem céu ou infernos
Já vivemos o nosso

Não existe prestação
Tão pouco oração
O maior dos pecados é respirar
Cada sopro é contado

Herói ou vilão
Repousarão no mesmo caixão

Sem limites para tormenta
Ou caridade... Apenas a carne
Este fardo pesado
De uma imundice crônica

A marca estampada
Da fragilidade mortal

As entranhas...
Apenas servindo como comprovante
Para o ceifador sentir!
O cheiro podre da vida

De sonhos incompletos
De sonos eternos


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Expressionismo de uma vida vazia


As nuvens “Monet”zadas

Pressionam e firmam!

Seus pés em uma realidade aterradora


De sua janela, apenas assistindo

A tempestade...

Vivendo sem ao menos existir


Palavra que sugere pouco, d fato

Por aqueles que desconhecem a linguagem esquecida

Da liberdade!


Lá distante...

No país da doce infância


Perdem-se em vidas alheias

De sonhos... Sua morada vazia


Sem janelas para fugas

Sem asas para voar

Apenas um calabouço

Para se enfiar e chorar


Vagam como sombras toscas

farelos de vida

A plenitude do não ser nada

E nao estar...


Acomodados e cansados

A poeira é varrida

Como algo imundo!

E poucos irão se importar