sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Dinheiro de sangue


O maldito neo-açouguismo
Em que o homem pouco mais vale
Da insignificância de seu antigo valor
A conformidade desleixada de seus entes
Torna a moeda... Um pedaço de carne

Onde o dinheiro desfila pelas ruas
Com roupas e sapatos de marca
Cabeças atrofiadas
Narizes e bundas empinadas

Poucos não se saboreiam na mediocridade
E conseguem um resquício de vida
N’algum lugar distante
Bem longe desse zoológico consciente
Onde Políticos contam seus eleitores
Em cabeças de gado

Quando acaba! O maluco sou eu
Mas eu digo...
Que nunca me senti tão leve e vivo!
Deslizo entre espirais flutuantes
Desabo no vácuo tortuoso
E... Apenas fico

Dou meu corpo se eles desejarem
Escalpelem-me! Mutilem-me, levem os dentes
Tudo o que eles enxergarem de valor
Humanos malditos, raça rastejante
Vender-me-ia
Para ter um escapismo
E apenas... Ficar

Com esta historia antro-poética
Esbaldo-me e sinto falta...
Do que um dia foi a antropo-ética

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