Lembranças daquela flor
Que não ligava para os primeiros raios de sol
Mirava suas pétalas brilhantes, para minha janela
A procura de um sorriso, em vão
Estranha a necessidade, de quase ser humana
Uma tulipa azul! Única
Do universo a partir dela
e do universo, em que não era centro
Da janela ela enxergava seu criador
Seu mundo... E o resto?
Ele a havia criado, uma flor sem passado
Como sobreviver...
Não havia dado espaço, nomes ou sonhos
Em sua mente, nada mais do que uma janela vazia
Sem ninguém a ostentar um sorriso, mesmo que falso
Ninguém a olhar-te
Uma flor azul apenas...
Apenas isso... O que poderia ser além?
O criador deve ter ficado triste
Quando percebeu que poderia criar outras iguais a ela...
E assim o fez, não tinha escolha,
Não antes de sentir a flor em sua mão
Admirar-se com o perfume
E colocá-la deitada, entre suas novas irmãs
Tulipas de plastico não morrem ou existem outras azuis?
ResponderExcluir